terça-feira, 22 de junho de 2010

Rflexão sobre o filme Avatar - Emanuel Baeta - CLC - NG5 - DR4


O filme Avatar conta uma épica jornada de Jake Sully. Ele é um ex-fuzileiro paraplégico levado para o programa Avatar por ser irmão gémeo de um dos “pilotos de Avatares” que havia morrido. O programa foi criado pela Dra. Grace Augustine como forma de contactar e encontrar uma solução diplomática entre os nativos do planeta Pandora, chamados os Na’vi e uma corporação que procura minerar o planeta em busca de Unobtanium, mineral que vale $20 Milhões o quilo. A missão de Jake é ao mesmo tempo aprender a conviver com os nativos e evitar uma guerra enquanto tenta juntar informações para os militares humanos, estabelecendo uma ligação entre a sua consciência e o corpo (Avatar) geneticamente criado para sobreviver no inóspito ambiente do planeta.
Não vou perder tempo elogiando Cameron pois sei que irá ter imensos posts e críticas falando que ele é o melhor, do seu talento, os Oscars que ele merecia, etc, etc etc. Realmente, tanto na parte técnica, tanto no seu roteiro, as falhas são mínimas e apenas para os implicantes. Não podemos deixar de ter em conta todos os detalhes, toda a riqueza técnica e como Cameron levou o filme a um novo nível tecnológico no cinema, muito parecido com o que fez com cenários em 1997 com o Titanic. Muitas das coisas usadas ou foram inventadas ou incrivelmente aperfeiçoadas, pois a tecnologia e software estão incrivelmente muito mais avançados relativamente há 12 ou 15 anos atrás.



Este não é um filme de dramas complexos, é um filme tocante, emocionante, eletrizante e todos os aspectos. Cameron fez muito bem em guardar esta historia por 15 anos, pois só agora temos tecnologia suficiente para efeitos especiais tão bem feitos e a história fala por si. Também porque os varios argumentos enquadram-se melhor no mundo actual, podemos associar as redes virtuais etc.
No entanto o filme de Cameron mostra a hipócrita forma como o ser humano tem de tratar tudo que é sagrado, seja a natureza ou até mesmo as nossas próprias vidas. Cameron aborda um assunto actualíssimo com uma técnica tão antiga quanto a própria literatura. Entre criaturas alienígenas voadoras e máquinas de guerra gigantescas, a singela mensagem de que “estamos matando a mãe da humanidade” passa alto e claro até para os ouvidos mais incautos. Pandora nada mais é do que uma alegoria para o nosso presente momento, em que os homens ignoram todos os avisos e teimam em destruir algo que parece singelo e frágil, mas que tem um poder inimaginável. Ainda me recuso a acreditar que estamos destruindo nosso planeta. Como disse George Carlin, o planeta vai tossir e nos matar em alguns séculos, assim como expelimos um simples resfriado do nosso corpo.


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